segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

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Alguns amigos meus comentaram (me humilharam por ser a únic pessoa a não saber) que "Essa coca é fanta" é uma gíria corrente nos trens do Brasil afora. Até uma amiga minha que morou 2 anos no Japão sabia disso. Acho que está na hora de começar a frequentar as quadras públicas de basketball.

O superman e um argentino educado


Antes de começar o post eu gostaria de dizer que meu senso patriótico é um pouco estranho. Eu conheço boa parte da história do Brasil, alguns hinos (corretamente) decorados e tenho orgulho por escrever corretamente na minha língua materna. Porém, eu não torço para o Brasil na copa do mundo, não penduro uma bandeira verde e amarela na sacada do apartamento na época das olimpíadas, não curto música popular brasileira ou a tropicália, não gosto de buchada de bode e por último, mas não menos importante, não tenho nada (muito) contra argentinos. Com esse último depoimento estamos prontos para seguir sabendo que não vou ofender (muito) nenhum argentino. Resolvi transformar isso aqui em um espaço para utilidades públicas que possam surgir e dizem respeito a toda humanidade. Nada melhor do que começar com um assunto que interessa a todos, independente do que acredita: O Apocalipse, o fim do mundo, o dia em que a Terra parou. Não sou grande (nem pequeno) estudioso da bíblia, mas todos nós, eu disse TODOS nós, já nos interessamos pelo livro do Apocalipse (que estranhamente não fica no fim da bíblia), é normal de toda criança querer algum spoiler, a curiosidade não é sobre Deus e os anjos e tudo mais, é sobre como todos nós iremos nos foder no final, mas enfim, no livro do Apocalipse, depois de algumas páginas sobre assuntos menos importantes nós nos deparamos com o Anticristo. Eu não sei explicar muito bem o que seria o Anticristo, mas sei que, supostamente, ele seria a encarnação do mal e que seu nome seria Damien, alguns dos outros sinais do Apocalipse e do início (?) dos nossos problemas seriam:
. Um papa nazista
. Guerra, Fome, Peste e Morte (ok, o mundo acabou no século XIV)
. O lançamento de Chinese Democracy do Guns 'n Roses
. Ronaldinho jogando no Corinthians

Pois bem, tudo isso que eu escrevi foi uma breve apresentação para uma notícia chocante (no mau sentido) que li há um tempo atrás¹: O Anticristo é argentino.



Um garoto de seis anos do interior da Argentina (não me pergunte o local porque eu esqueci) começou a falar em aramaico e rir dos padres que tentam benzê-lo. Eu sei que todos nós conhecemos crianças que são a encarnação do demônio, só que esse garoto tem sim suas peculiaridades. A mãe do exu² diz que, além de nunca dormir, o garoto é violento, come com as mãos e parece nunca sentir frio. Muitos de nós poderíamos pensar que ele está apenas sendo um argentino, porém, alguns médicos de algum hospital diagnosticaram o guri como portador de TGD (Transtorno Generalizado de Desenvolvimento), mas mesmo após alguns tratamentos, a criança insiste em ser ruim. Os pais visitaram uma igreja onde aconselharam o exorcismo, só que não é tão simples como parece, como é claro para todos aqueles que assistiram a O Exorcista, a igreja católica tem certas burocracias para praticar o exorcismo (Devem avisar satã em três vias antes de praticar qualquer ato contra ele) e enquanto isso a família argentina sofre com o mal comportamento de seu anjinho. Eu também não sou religiosa, então continuo não tendo nada (muito) contra argentinos e eu não vou dizer "tinha que ser" porque existem sim outras "raças" mais desprezíveis do que a dos argentinos, mas porra, tinha que ser. E sobre o título do post, uma pequena piada:

"Qual é a semelhança entre o superman e um argentino educado?"
Resp: Ambos não existem (hahaha)





¹ Como toda fonte de informação este blog pode estar alguns dias (meses) atrasado, portanto, não se desesperem se começar a chover fogo ou gafanhotos invadirem seu quintal. É apenas o apocalipse.
² Eu sei que Exu não é um demônio e sim alguma manifestação (?) da cultura e religião africanas, mas como todo brasileiro doutrinado pela igreja católica vou usar do meu preconceito e atribuir o mal a religiões mais antigas consideradas pagãs.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Nemly & Nemlerey


Existem certos filmes, músicas ou livros que você não precisa assistir, ouvir ou ler para saber que não vai gostar. Já ouvi todos os papos possíveis e sei que, algumas vezes, quem sai perdendo sou eu, mas cada um com seus preconceitos. Eu pretendia fazer um post sobre os vários autores da moda e os livros que eu não li e nem vou ler, mas resolvi usar esse post para inaugurar uma nova marcação: Celebridades. Não que eu admire as pessoas sobre as quais irei falar, admiro a capacidade que elas têm de manipular cabecinhas jovens, modernas e descoladas. O personagem de hoje é ninguém menos do que a Deusa dos intelectuais de boteco e rainha das garotas que querem irritar a mãe, Fernanda Young. A jornalista, escritora, apresentadora de tv e sortuda é “responsável”¹ pelo roteiro da série comédia da vida privada e posteriormente de Os Normais. Mas vou me focar somente na produção literária da garota. Os fãs, geralmente histéricos, da escritora chamariam sua obra de literatura transgressora, mas a verdade é que o que chama a atenção dos adolescentes é o fato de Fernanda Young sempre falar alguma merda para toda a imprensa que transforma a falta de talento da mulher em comportamento “cool” já que o que vale mesmo é a atitude porque se falarmos em produção artística, ela fica devendo muito. Quem se importa? O legal mesmo é ofender alguma figura importante e dizer que caga e anda para a guerra e logo depois se mostrar engajada na política. Não vou citar a formação acadêmica do gênio porque isso realmente faz pouca diferença quando se tem talento (nem que seja para conquistar mentes juvenis), mas dizer que parte da formação literária conquistada se deve a uma viagem de ônibus? Não é à toa que ela foi taxada, por aqueles poucos que ainda sabem diferenciar arte de marketing, de fenômeno televisivo sem consistência. Mas não duvido de que, em vista de como as coisas estão, daqui a uns anos Fernanda Young será leitura obrigatória nos colégios e universidades do Brasil. E viva a mediocridade.




¹ Para quem não sabe, Fernanda Young é casada com o roteirista e escritor Alexandre Machado.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Sobre o fim da meia-entrada



Há alguns dias um projeto de lei visando o fim da meia entrada a estudantes, portadores de deficiência e idosos foi a votação. A justificativa é a de que o número de falsos estudantes vem crescendo, cursinhos fantasmas se proliferaram apenas para gerar a tal carteirinha que comprova que você é estudante. O projeto de lei foi proposto por Eduardo Azeredo, o mesmo cara que quer dar um fim à troca de arquivos na Internet, falarei disso em outra oportunidade. O projeto visa um número limitado de ingressos, no caso de shows, por exemplo, que seriam vendidos pela metade do preço, mas quem garante fiscalização?
É muito fácil para os dirigentes de shows dizerem que os ingressos de meia-entrada já foram vendidos nos primeiros 20 minutos. A única coisa que vão conseguir com o fim da meia-entrada é a diminuição da procura por atividades culturais, se o povo brasileiro não está acostumado a procurar por tais atividades quando elas custam cinco reais, imagine quando custarem 10? E quem se ferra com isso é sempre quem tem menos dinheiro e menos acesso a tais atividades. As empresas que promovem shows já vêm burlando a meia-entrada há tempos, cobrando os preços altíssimos e dizendo que todos pagam a meia entrada, por exemplo, um show custaria 400 reais, mas como as empresas são bondosas, cobram apenas 200 de todo mundo, uma meia-entrada geral. Claro que isso ocorre por causa dos cursinhos fantasmas e falsos estudantes, mas ao invés de implementarem carteirinhas únicas e irreprodutíveis como, por exemplo, o bilhete único ou cartões de crédito, eles simplesmente acham mais prático dar fim a um direito da população. Brincadeira.
O novo projeto de lei define que:
• Meia entrada (50% do valor do ingresso) fica assegurada para estudantes e idosos (a partir de 60 anos) em salas de cinemas, cineclubes, teatros, museus, centros culturais, parques e reservas naturais, espetáculos musicais, circenses, eventos educativos, esportivos, de lazer e entretenimento.

• Impõe cota de 40% de meia entrada por espetáculo. Quando a cota for atingida, estudantes e idosos que estiverem na fila pagam entrada inteira.

• Restringe a emissão da carteira de estudante, que passa a ser controlada pelo Conselho Nacional de Fiscalização, Controle e Regulamentação da Meia Entrada e da Identificação Estudantil, vinculada à Secretaria Geral da Presidência da República.

• O conselho, que terá composição paritária, vai definir a quem competirá a impressão, provavelmente Casa da Moeda, e a permissão para emitir, provavelmente a UNE e a UBES, como no passado.

• Ficam de fora do benefício os cursinhos de inglês e pré-vestibular, os cursos alternativos e os de duração efêmera.

• A meia-entrada também não se aplica a camarotes, áreas e cadeiras especiais.

Fonte: Jornal O Estado de São Paulo

E não adianta culpar o Senador, ou ir até a casa dele e pixar alguns desaforos no muro (quando eu descobrir o endereço, postarei aqui) quem o colocou lá fomos nós (os mineiros, na verdade), não foi nenhum golpe.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Essa Coca é Fanta*



Expressões populares sempre despertaram meu interesse, se aprende muito ouvindo as pessoas nas ruas e sempre surge uma expressão nova para enriquecer (ou não) nosso vocabulário. Foi assim ontem no trem (onde mais?), quando entrou uma “moça’ que despertou muitos olhares dos homens ao redor até que alguém soltou “Essa coca é fanta” e todos puderam notar que a moça, não era tão moça assim. Eu ri. Ri por causa da forma que o rapaz escolheu para avisar aos outros sobre o perigo iminente, mas ri ainda mais por causa da expressão usada “Essa coca é fanta”.


Não é o que você está pensando


Não sei se foi autoria dele, no momento, com a pressão para encontrar alguma forma de expressar o que via, ou se ele já havia escutado alguém falando isso antes, tampouco sei se essa expressão já é utilizada nas ruas. Eu só achei interessante. Não é nenhuma daquelas gírias tão difíceis de se entender que só são utilizadas em conversas entre os próprios PHDs das gírias e aqueles que aparentam ter o seu próprio dialeto. Não, esta expressão apenas significa “se passar por uma coisa e não ser”, a famosa propaganda enganosa. Hoje em dia, com cirugia disso e implante daquilo não é difícil se equivocar, assim como aquele amigo que todos nós temos e que insiste em dizer que não joga no time de lá, ou aquele rádio que você comprou por 50 reais na Santa Ifigênia e que o vendedor jurou que tocaria qualquer formato de arquivo de som. Todos os dias, em todos os lugares podemos encontrar exemplos de cocas que na verdade são fantas. É só olhar bem para não correr o risco de se arrepender depois, porque depois, meu amigo não tem desculpa que resolva.
Se alguém tivesse avisado o Ronaldinho.